Algor-ética e uma visão bioética da inteligência artificial
DOI:
https://doi.org/10.5294/pebi.2024.28.2.1Palavras-chave:
Algor-ética, algoritmos, antropologia, dignidade, era digital, inteligência artificialResumo
O surgimento da Inteligência Artificial (IA) gera esperanças e incertezas, devido às suas vastas possibilidades, mas também devido aos riscos que representa. Depois de explicar brevemente o que é IA, são dados exemplos da presença de sistemas e aplicativos em campos diferentes e díspares: na indústria, biotecnologia, mudanças climáticas, medicina, negócios, entretenimento e finanças. Os efeitos que a IA pode ter no planeta, na cultura e na vida dos seres humanos tornam necessária uma reflexão sobre a ética desses aplicativos, pois sua onipresença pode levar a uma algorcracia (a era digital governada por algoritmos), razão pela qual é necessário pensar e desenvolver uma algor-ética que oriente o uso da IA e de seus aplicativos. Um decálogo de diretrizes éticas é oferecido para garantir que o que é tecnicamente possível seja a favor dos seres humanos e nunca os prejudique, nem promova condições adversas ou prejudiciais para eles. Além da regulamentação ética e bioética, os aplicativos de IA precisam de uma estrutura legal. A Lei de Inteligência Artificial, adotada pelo Parlamento Europeu em março de 2024 e elaborada com uma abordagem baseada em riscos, é discutida brevemente. Conclui-se que são essenciais parâmetros éticos e bioéticos que humanizem a IA, com base em uma verdadeira antropologia que garanta seu uso a serviço do ser humano, colocando no centro a primazia da dignidade humana.
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