Poderíamos falar sobre odontologia narrativa?
DOI:
https://doi.org/10.5294/pebi.2024.28.1.4Palavras-chave:
Medicina narrativa, ética odontológica, odontologia, humanidades médicas, ética clínicaResumo
Embora o modelo de atenção à saúde tenha evoluído, ainda tende a deslocar a importância da inclusão da narrativa do paciente e das tentativas de padronizar as necessidades das pessoas doentes. A medicina narrativa dá-nos a capacidade de interpretar e comunicar as histórias dos nossos pacientes, por meio da escuta ativa, bem como de valorizar a complexidade do ser humano, ao contrário da saúde baseada em evidências, em que as experiências vistas num indivíduo podem ser extrapoladas para outros pacientes independentemente da sua história, o que reduz grande parte da narrativa a uma classificação objetiva no prontuário clínico, quando o correto seria integrar o paradigma narrativo no cuidado às pessoas doentes. Acreditamos que ensinar competências narrativas e conhecimentos científicos aos profissionais de odontologia lhes permitirá fortalecer a relação clínica com os pacientes baseada em valores como a empatia e a compaixão, reduzindo o sofrimento ligado ao objetivo das suas doenças.
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