Sobre a injustiça da eutanásia. O uso da compaixão como máscara moral. ReferêncIa a novos documentos bioéticos europeus

Autores

  • José Miguel Serrano Ruiz-Calderón Autor Universidad Complutense de Madrid

Palavras-chave:

eutanásia, direito a morrer, teoria ética, vida, bioética

Resumo

A bioética não complacente tem o grande desafio de responder aos argumentos que se esgrimem para que a eutanásia seja consi- derada um ato médico amparado pela lei. Este artigo analisa a relação entre dignidade humana e sacralidade da vida humana. O abandono da dignidade por outras vias alternativas que nos são oferecidas supõe renunciar a um princípio que, em sua realização jurídica, desde a Segunda Guerra Mundial, tem cumprido uma função muito notável. Por outro lado, a partir de uma perspectiva deontológico-profissional, a novidade que se propõe com a eutanásia e o suicídio medicamente assistido quebra uma das limitações da ação médica que existe, ao menos na formulação teórica, a partir do juramento hipocrático.

Pretendemos também desconstruir o uso que faz por alguns da compaixão; uma utilização que tem como efeito fortalecer a posição do indivíduo mais forte. Esse uso se observa fundamentalmente na eutanásia e, inclusive, no abordo. A manipulação descrita, por outro lado, constitui-se no principal obstáculo para conseguir a passagem de uma medicina centrada exclusivamente no curar a uma medicina que admite que, ao final da vida, o objetivo principal de todo tratamento é melhorar a qualidade de vida, ou pelo menos tratar os sintomas que seja possível para atingir essa melhoria.

 

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Publicado

2013-12-20

Como Citar

Serrano Ruiz-Calderón, J. M. (2013). Sobre a injustiça da eutanásia. O uso da compaixão como máscara moral. ReferêncIa a novos documentos bioéticos europeus. Persona Y Bioética, 17(2), 168–186. Recuperado de https://personaybioetica.unisabana.edu.co/index.php/personaybioetica/article/view/3347

Edição

Seção

Artigos