Tomada de decisões para adequar o esforço terapêutico no fim de vida em pacientes oncológicos do Instituto Nacional de Cancerologia da Colômbia
DOI:
https://doi.org/10.5294/pebi.2023.27.1.3Palavras-chave:
Decisões, futilidade médica, futilidade, educação, fim da vida, adequação do esforço terapêutico, adequacy of therapeutic effort, prognosisResumo
Introdução: a adequação do esforço terapêutico é uma decisão clínica baseada em evidências que pretende evitar a futilidade médica. Diferentes fatores que podem influenciar nessa tomada de decisão vêm sendo identificados e estão relacionados com o paciente, com o profissional médico que toma as decisões, com as barreiras do sistema, com a cultura e a economia, entre outros. Objetivo: este estudo pretende identificar aqueles fatores que influenciam os médicos especialistas que trabalham na instituição referente do câncer na Colômbia, a fim de propor ações que melhorem a abordagem da tomada de decisões a respeito da adequação do esforço terapêutico em pacientes com câncer. Metodologia: desenho qualitativo baseado em 13 entrevistas em profundidade com médicos especialistas do Instituto Nacional de Cancerologia da Colômbia. Resultados: participaram 3 mulheres e 10 homens, com média de idade de 36 anos — 7 pertencentes à especialidade de oncologia de adultos; 2, onco-hematologia pediátrica; 1, terapia intensiva de adultos e 3, terapia intensiva pediátrica. Os fatores achados foram agrupados em quatro categorias: 1) conhecimento; 2) aspectos relacionados com a tomada de decisões; 3) quem decide; 4) tipo de decisão tomada. Por sua vez, essas categorias foram agrupadas em temas que fazem alusão aos fatores que influenciam a toma de decisões dos especialistas para adequar os esforços terapêuticos. Conclusões: a adequação dos esforços terapêuticos é importante para evitar procedimentos médicos fúteis que prolonguem o sofrimento. Foram evidenciados alguns fatores que influenciam a tomada de decisões dos especialistas: falta de preparação dos profissionais de saúde no tema, uso reduzido de escalas que permitam melhorar a informação do prognóstico e desconhecimento sobre vontades antecipadas; estes são alguns dos fatores que devem ser fortalecidos para gerar ações que melhorem a abordagem da temática.
Downloads
Referências
Belloc Rocasalbas M, Girbes ARJ. Toma de decisiones al final de la vida, el modo neerlandés a traves de ojos españoles. Med Intensiva [Internet]. 2011 [citado 9 de enero de 2022];35(2):102-6. DOI: https://doi.org/10.1016/j.medin.2010.09.013
Escobar Triana J. Morir como ejercicio final del derecho a una vida digna. 3a. edición. Bogotá: Ediciones Universidad El Bosque; 2012. 160 p.
McMurray RJ, Clarke OW, Barrasso JA, et al. Decisions Near the End of Life. JAMA [Internet]. 1992 [citado 9 de enero de 2022];267(16):2229–2233. DOI: https://doi.org/10.1001/jama.1992.03480160087040
Gómez-Sancho M, Altisent-Trota R, Bátiz-Cantera J, Ciprés Casanovas L, Gándara del Castillo Á, Herranz Martínez JA, et al. Atención médica al final de la vida: conceptos y definiciones: Gac Med Bilbao. 2015 [citado 9 de enero de 2022];112(4):216-18. Disponible en: http://www.gacetamedicabilbao.eus/index.php/gacetamedicabilbao/article/view/38/0
Gonzalo Morales V. Limitación del esfuerzo terapéutico en cuidados intensivos pediátricos. Rev Chil Pediatría [Internet]. 2015 [citado 9 de enero de 2022];86(1):56-60. DOI: https://doi.org/10.1016/j.rchipe.2015.04.011
Douplat M, Berthiller J, Schott A, Potinet V, Le Coz P, Tazarourte K, et al. Difficulty of the decision‐making process in emergency departments for end‐of‐life patients. J Eval Clin Pract [Internet]. 2019 [citado 9 de enero de 2022];25(6):1193-99. DOI: https://doi.org/10.1111/jep.13229
Wilkinson DJ, Savulescu J. Knowing when to stop: futility in the ICU. Curr Opin Anaesthesiol [Internet]. 2011 [citado 9 de enero de 2022];24(2):160-65. DOI: https://doi.org/10.1097/ACO.0b013e328343c5af
Sprung CL, Woodcock T, Sjokvist P, Ricou B, Bulow H-H, Lippert A, et al. Reasons, considerations, difficulties and documentation of end-of-life decisions in European intensive care units: the ETHICUS Study. Intensive Care Med [Internet]. 2008 [citado 9 de enero de 2022];34:271-77. DOI: https://doi.org/10.1007/s00134-007-0927-1
Castaño Yepes RA, Arias Nieto G, Borráez Gaona OA, Nino Murcia A, Támara Patiño L, Moreno Molina J. Recomendaciones de la Academia Nacional de Medicina de Colombia para enfrentar los conflictos éticos secundarios a la crisis de COVID-19 en el inicio y mantenimiento de medidas de soporte vital avanzado. Rev Colomb Cir [Internet]. 2020 [citado 9 de enero de 2022];35:351-62. DOI: https://doi.org/10.30944/20117582.725
Pérez Pérez FM. Adecuación del esfuerzo terapéutico, una estrategia al final de la vida. SEMERGEN - Med Fam [Internet]. 2016 [citado 9 de enero de 2022];42(8):566-74. DOI: https://doi.org/10.1016/j.semerg.2015.11.006
Guest G, Bunce A, Johnson L. How Many Interviews Are Enough?: An Experiment with Data Saturation and Variability. Field Methods [Internet]. 2006 [citado 28 de marzo de 2022];18(1):59-82. DOI: https://doi.org/10.1177/1525822X05279903
Thomas DR. A General Inductive Approach for Analyzing Qualitative Evaluation Data. Am J Eval [Internet]. 2006 [citado 28 de marzo de 2022];27(2):237-46. DOI: https://doi.org/10.1177/1098214005283748
Muñoz Camargo JC, Martín Tercero MP, Nuñez Lopez MP, Espadas Maeso MJ, Pérez Fernandez-Infantes S, Cinjordis Valverde P, et al. Limitación del esfuerzo terapéutico. Opinión de los profesionales. Enferm Intensiva [Internet]. 2012 [citado 22 de marzo de 2022];23(3):104-14. DOI: https://doi.org/10.1016/j.enfi.2011.12.008
Esteban A, Gordo F, Solsona L, Alía I, Caballero J, Bouza C, et al. Withdrawing and withholding life support in the intensive care unit: a Spanish prospective multi-centre observational study. Intensive Care Med [Internet]. 2001 [citado 22 de marzo de 2022];27:1744-49. DOI: https://doi.org/10.1007/s00134-001-1111-7
González Cruz LR. Consideraciones sobre la Limitación del Esfuerzo Terapéutico (LET) en pediatría [trabajo de grado Especialización en Pediatría].Bogotá (Colombia): Universidad Nacional de Colombia; 2014. Disponible en: https://repositorio.unal.edu.co/bitstream/handle/unal/21488/luisricardogonzalezcruz.2014.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Ho F, Lau F, Downing MG, Lesperance M. A reliability and validity study of the Palliative Performance Scale. BMC Palliat Care [Internet]. 2008 [citado 22 de marzo de 2022];7:a10. DOI: https://doi.org/10.1186/1472-684X-7-10
Álvarez Acuña AM, Gomezese Ribero ÓF. Advance Directives Document: knowledge and experiences of healthcare professionals in Colombia. Colomb J Anesthesiol [Internet]. 2022 [citado 22 de marzo de 2022]; 50:e1012 DOI: https://doi.org/10.5554/22562087.e1012
Sprung CL, Maia P, Bulow H-H, Ricou B, Armaganidis A, Baras M, et al. The importance of religious affiliation and culture on end-of-life decisions in European intensive care units. Intensive Care Med [Internet]. 2007 [citado 22 de marzo de 2022];33:1732-39. DOI: https://doi.org/10.1007/s00134-007-0693-0
McAndrew NS, Leske JS. A Balancing Act: Experiences of Nurses and Physicians When Making End-of-Life Decisions in Intensive Care Units. Clin Nurs Res [Internet]. 2015 [citado 22 de marzo de 2022];24(4):357-74. DOI: https://doi.org/10.1177/1054773814533791
De Vries E, Leal Arenas FA, Van der Heide A, Gempeler Rueda FE, Murillo R, Morales O, et al. Medical decisions concerning the end of life for cancer patients in three Colombian hospitals – a survey study. BMC Palliat Care [Internet]. 2021 [citado 22 de marzo de 2022];20:a161. DOI: https://doi.org/10.1186/s12904-021-00853-9
Piili RP, Lehto JT, Metsänoja R, Hinkka H, Kellokumpu-Lehtinen P-LI. Has there been a change in the end-of-life decision-making over the past 16 years? BMJ Support Palliat Care [Internet]. 2019 [citado 22 de marzo de 2022];bmjspcare-2019-001802. DOI: https://doi.org/10.1136/bmjspcare-2019-001802
Hamano J, Hanari K, Tamiya N. Attitudes and Other Factors Influencing End-of-Life Discussion by Physicians, Nurses, and Care Staff: A Nationwide Survey in Japan. Am J Hosp Palliat Med [Internet]. 2020 [citado 22 de marzo de 2022];37(4):258-65. DOI: https://doi.org/10.1177/1049909119876568
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Claudia Patricia Agamez-Insignares, Ricardo Sánchez-Pedraza, Marta Ximena León, Daniela Seija-Butnaru
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Esta revista e os seus artigos estão publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0). Você tem o direito de compartilhar, copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Para que isto ocorra: você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas; você não pode usar o material para fins comerciais; e, se você remixar, transformar ou criar a partir do material, você não pode distribuir o material modificado.